22 de março de 2010

O Oitavo Passageiro [5]

Feito, livro terminado.
Acabei não vendo o filme ainda, então as comparações vão ficar para mais tarde.  Obviamente o livro segue o filme bem de perto, mas algumas diferenças são perceptíveis.

A morte do comandante Dallas, por exemplo, é descrita de forma mais direta, sem dar muito a sensação claustrofóbica que só um filme em tela grande conseguiria.  A cena em que Ripley tenta desativar a auto-destruição do Nostromo parece mais rápida, menos tensa.  Não sei se isso se deve ao talento de Ridley Scott oou se o livro realmente se baseia em uma versão anterior do roteiro, sem muitos floreios.  De qualquer forma, está lá a cena excluída do filme em que Ripley encontra os corpos da tripulação na sala de manutenção.

Aliás, dá para saber, sim, que o livro se baseia em um roteiro mais antigo: na cena em que Parker decapita Ash, ele o faz usando um dos rastreadores de movimento que o próprio Ash havia desenvolvido, exatamente como aparece no roteiro cujo link mostrei antes.  No filme, entretanto, Parker usa um extintor de incêndio ( o que me parece mais pertinente, a não ser que os rastreadores fossem realmente monstros inconcebíveis ... ).

No final, Ripley consegue vencer a fera enviando-a para o espaço a partir do módulo de fuga ( que, aliás, me fez lembrar de um certo filme de um certo diretor muito badalado, um filme sobre um barco enorme ...  Assim como o tal barco, o Nostromo não tinha botes salva-vidas para todos os passageiros ... ).

Enfim, leitura mais do que recomendada.  Muito especialmente para quem ainda não viu o filme, acho que o livro perde um pouco da força nesta situação, mas ainda assim é muito interessante.  Em tempos de banalização dos efeitos especiais, ler um livro / ver um filme totalmente baseado nos "efeitos psicológicos" do medo é realmente muito refrescante.

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